domingo, 1 de julho de 2012

Procriadores Alpha, criadores Beta.

Vamos supor um simples cenário, e nele certas diferenças limítrofes serão feitas para fins de argumento. Isso significa que o suposto universo do cenário é mais preto e branco do que a realidade.
Uma linda mulher, que não é necessariamente nem alfa nem beta, conhece um homem, do tipo macho alfa. Esse homem não precisa ser necessariamente belo, porém como em todo alfa, suas características físicas ou de personalidade dão a ele certa prioridade de escolha na seleção sexual. Do fruto deste encontro surge um filho(a).
Machos alfa são estatisticamente parceiros ruins, e isso pode ser explicado por várias causas, como o fato de mulheres pagarem mais na reprodução (meses de gestação) e por isso tendem a serem mais fies, e requerem parceiros fies para garantir a sobrevivência da prole. Homens não tendem a serem fies porque pagam menos na reprodução (basta uma noite de sexo e o trabalho está pronto), o que se manifesta mais forte num alfa já que ele possui preferência entre as fêmeas em comparação com outros machos.
Porque o homem é um pior parceiro, ou porque a fêmea levada pelo instinto, se uniu ao homem cedo demais, ambos se separam.
A Mulher, por necessitar de afeto e de proteção de seu filho(a), ambos determinados pelo instinto, é guiada a se unir a um macho beta, e este assume a guarda do filho(a), e por não ter preferência na seleção sexual, tende a valorizar mais a parceria com uma bela mulher que não lhe daria prioridade em outro caso.

Note que o cenário acima assume várias coisas, como por exemplo:
O relacionamento heterossexual. Apesar de que casais gay ainda poderem adotar filhos, mesmo assim o filho pode ser trocado por outro alvo de afeto em comum, como uma empresa ou outro plano de longo prazo. Outro fator é de que indivíduos homossexuais também podem ser distribuídos no espectro entre alfa, beta, gama.

A dicotomia alfa, beta e gama. Apesar de indivíduos subjetivamente poderem ser considerados alfa, por serem bonitos ou carismáticos, tal dicotomia é somente didática, sendo que este pode ser um misantropo ou sem interesse sexual, o que são considerados características gama (o último na cadeia de liderança e de seleção sexual). Indivíduos possuem características variáveis no contínuo entre as divisões, e não podem ser classificados absolutamente.

A parceira fêmea não teve parceiros anteriormente, apesar de bela e jovem. E é inexperiente nas suas escolhas de parceiros e futuro pessoal.

Com o cenário definido, eu quero desenhar algumas conclusões, e apresentar minhas opiniões pessoais, começando pela minha previsão de que eu ficaria MUITO PUTO, se eu tivesse que assumir o filho de um alfa. Sério. E este é o meu viés, quando eu pergunto se é correto nos questionarmos se o que aconteceu é moralmente repreensível. Se eu me colocar no papel do macho alfa, posso dizer que eu não tive muito prejuízo, talvez o mesmo posso dizer se eu me colocar no lugar da mulher (apesar de que por não ser mulher, minha opinião é suspeita no caso). A posição do macho beta porém sempre atrai minha atenção, já que eu não me considero um alfa, e por notar que há muitas mulheres no caso acima... o que me leva a fazer a pergunta a você que lê este post:

O quanto você acha que tal cenário é comum?


Quantas mulheres você conhece que tiveram filhos muito jovens com um homem muito bonito e carismático, e logo depois se arrependeram, e hoje se encontram na busca ou uniram-se a parceiros que são mais atenciosos e menos atraentes?

Faço essa pergunta na suspeita de que serei repreendido por algum preconceito, que eu creio, devo ter descriminado anteriormente durante o texto, mas que mesmo assim pode ser lembrado e repetido como se eu não estivesse consciente dele. Permita-me deixar bem claro outro preconceito: o dilema do beta, me deixa tão perturbado, que eu posso ter sido levado a achar que tal cenário é mais comum do que na realidade ele o é; e eu aceito tal erro de percepção; mas porém quero ser convencido de que esse dilema é menos comum do que eu o creio ser!

Deixando minhas opiniões pessoais de lado agora, podemos tirar outras conclusões que acho que você e eu podemos concordar, como a nossa percepção de que uma bela jovem prejudicou deliberadamente suas chances de conseguir um parceiro de longo prazo, se ela for levada a procurar outros parceiros e quer que este assuma a guarda de seu filho. Talvez essa seja a conclusão mais fácil de se tirar, já que é mais fácil de verificar isso na realidade.

Ganhadores e perdedores?


Se formos calcular os pay-offs para descobrir as posições dos jogadores, e reduzirmos o cenário a um jogo, fica aparente que o macho alfa se beneficia mais do que a fêmea. Calcular o pay-off do macho beta porém pode ser mais difícil, mas se assumirmos somente o cenário acima, e nenhuma outra variável do mundo real, eu posso concluir que a fêmea e o beta tiveram pay-offs parecidos.

Concluindo, eu imagino que a desvantagem tanto do macho beta quanto da fêmea pode ser um fator que os une ainda mais se eles realmente se encontrarem, considerando que ambos são 'perdedores' no jogo. A fêmea se sentirá desiludida, e o macho beta terá que assumir um filho que originalmente não é seu. Então ambos tem motivos para se sentirem parecidos.

Outra conclusão é a de que parece que, evolutivamente, o comportamento alfa parece se perpetuar, já que os genes, e por isso os traços de comportamento dele serão promovidos (implicitando que uma alteração Lamarkiana do comportamento é irrelevante no longo prazo, como um filho de um alfa sendo treinado a agir diferente de seu pai). Então... muitas mães solteiras e homens egoístas aguardam a espécie humana no futuro.

Observação


Senti preguiça, e não coloquei referências porque o texto e suas conclusões fazem parte de minha investigação de longa data, e são tantas fontes que seria difícil e por isso cansativo para eu listá-las.
Posso porém citar algumas conforme pedido.

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