sexta-feira, 16 de março de 2012

O Instinto da Censura. Extraído de um discurso de Christopher Hitchens

Acerca desse instinto sensorial: nós basicamente já sabemos o que precisamos saber, e nós já o sabemos a um longo tempo, ela vem na forma de uma velha história, denovo um grande Inglês (..) Dr. Samuel Johnson, o autor do primeiro grande dicionário da língua inglesa. Quando este foi completado, ele foi aguardado por várias delegações de pessoas para congratulá-lo, (..) também por uma delegação de respeitáveis senhoras de Londres (..). Dr. Johnson, elas disseram: "estamos encantadas em descobrir que você não incluiu nenhuma indecência ou palavras obcenas no seu dicionário."

"Senhoras, disse Dr. Johnson, "Eu posso parabenizá-las em serem capazes de procurarem por elas.

Qualquer um que é capaz de entender essa piada, entendeu o ponto sobre a censura, especialmente pela restrição por antecipação, que como é sabido nos Estados Unidos é banida pela primeira emenda da sua Constituição. Não é possível determinar antecipadamente que palavras são aptas ou inaptas. Ninguém possui o conhecimento que seria necessário para fazer esse julgamento - e mais importante - é suspeito os motivos daqueles que o fazem. Particularmente aqueles que estão determinados a ficarem ofendidos, aqueles que vão através de uma casa de tesouros da língua inglesa (..) em busca de palavras sujas, para satisfazerem a si e algum instinto sobre a qual eu não ouso especular...

- Christopher Hitchens, durante discurso no Canadá em 2006 sobre liberdade de expressão.

O trecho traduzido está no fim do vídeo acima.